Mariano Nhongo assume autoria de ataques em Sofala


O dissidente da RENAMO assume autoria dos três ataques ocorridos na semana passada na província central de Sofala. Mariano Nhongo diz que os ataques visam travar as ações bárbaras das tropas governamentais contra civis.

Três ataques armados foram registados na quinta e sexta-feira da semana passada ao longo da Estrada Nacional Nº1 na região fronteiriça de Pungué, entre distritos de Gorongosa e Nhamatanda. Uma semana antes houve mais um ataque contra o posto policial da localidade de Grudja, distrito de Buzi, província de Sofala, no centro de Moçambique.

O ataque de quinta-feira (12.03) visou um autocarro de passageiros que saia de Maputo com destino à cidade de Quelimane, província central da Zambézia. Marta António seguia no autocarro quando os passageiros foram apanhados de surpresa por atacantes.

"Perto de Pungué [em direção à] Gorongosa começaram a atacar todo lado esquerdo e direito. De repente eu vi que tinha entrado uma bala aqui no braço", conta.

Alfredo Simões, condutor do autocarro, após o ataque conseguiu salvar os mais de cinquenta passageiros: "Quando me apercebi que eram tiros, acelerei o carro até chegar ao centro de saúde distrital de Gorongosa. Tive três passageiros feridos que ficaram com balas no corpo e eu também sofri com um estilhaço na cabeça".

Nenhum destes ataques foi reportado pelas autoridades. Mas Mariano Nhongo, líder da auto-proclamada junta militar, apesar de não assumir claramente a autoria dos ataques, diz que as ações visam travar desmandos perpetrados pelas Forças de Defesa e Segurança (FDS) na zonas rurais do país.


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