Serviço Nacional de Investigação criminal (SERNIC) deteve
cinco indivíduos suspeitos de raptos de vários empresários nas Províncias de
Sofala, Inhambane, incluindo as Cidades de Maputo e Matola.
O primeiro grupo apresentado era constituído por três
elementos, são os supostos raptores que inclui um militar das forças Armadas de
Moçambique que de acordo com o SERNIC fornecia armamento e munições que eram
usados em acções de raptos a empresários e seus familiares. No grupo está
mulher que desce do carro celular que tinha a responsabilidade de comprar e
confeccionar alimentos para as vítimas e por fim, um homem de 53 anos de idade
que também chegou num carro celular é o suposto curandeiro que fazia alegados
tratamentos obscuros ao grupo para que não fosse rastreado ou apanhado durante
as suas incursões. Aqueles três são os mesmos que de acordo com SERNIC raptaram
no ano passado Shelton Lalgy na Matola e Balesh Moulal na Maxixe em Inhambane.
O jovem de 28 anos membro das FADM nega ter emprestado armas de fogo, mas
confirma contactos com o grupo.
“Eu sou de Xai-Xai trabalho num dos quarteis de Chimoio
na Província de Manica, sou militar, andei na Beira onde eu estava a estudar.
Conheci o Elias em Xai-xai, também o “Big”, eu não emprestei arma nenhuma a eles
tanto que é difícil de tirar arma do quartel. Eu não participei de nenhum
rapto, confirmei ter tido contactos com eles, o Elias que era meu vizinho. Até
que um dia vi noticiário em que se falava de raptos e eu vi o carro de Marca
Toyota Reggius e ali reconheci a eles. Eu colaborei muito com a policia,
chegamos a casa desse curandeiro através de mim, nem sei porque e que estou
detido”
O suposto curandeiro diz ter recebido posteriormente 50
mil meticais por conta de um tratamento que fez ao grupo mas nega que tenha
feito o referido tratamento para que fossem raptar alguém. Ele contou ainda que
na sua ausência veio a senhora que é uma das integrantes da quadrilha buscar em
sua residencial munições e armas. O mesmo material bélico foi deixado na casa
do curandeiro pelo mebro das FADM. “Vieram-me prender no dia 2 de fevereiro em
Xai Xai, na minha casa, dei voltas com a polícia e fui vendado os olhos. Sou
sim curandeiro. Dei-lhes remédios não fiz nenhum tratamento e esse banho era
para que andassem sem nenhum problema durante as suas incursões na estrada.
Quando eles chegaram aqui disseram-me que iam a Manica ver trabalho. Não os
cobrei dinheiro, eles voltaram e deram-me 50 mil meticais e questionei porque
dão-me 50 mil meticais porque o remedio que lhes dei nem corresponde a mil
meticais, mas como dinheiro é difícil, eu levei, mas 50 mil é muito dinheiro.”.
O curandeiro reconheceu o militar como sendo a pessoa que
foi deixar os 50 mil meticais em sua residência na província de Gaza.
No bairro de Tchumene na autarquia da Matola foi
arrendada durante três meses num custo mensal de 15 mil meticais uma
residência. Na mesma casa ficou encarcerado o sobrinho do empresário do sector
de transporte Shelton Lalgy. Um dos quartos com apenas um colchão solteiro,
casa de banho privativa e um ar-condicionado esteve Shelton Lalgy que ficou
sessenta dias. E quem comprava e preparava comida é uma das mulheres também
apresentada esta quarta-feira na Matola que segundo o SERNIC integrava o grupo
e foi detida na Cidade da Beira quando orquestra mais um rapto. A mulher de 35
anos de idade é natural de Xai-Xai, foi detida na Cidade Beira. “Eu estava na
Beira, estava la com alguém que foi morto. O “Big” pediu-me que ajudasse a
eles, comprava e cozinhava para umas pessoas que estavam naquela casa porque
eles não podiam sair então eu fazia isso. Não perticipei de nenhum rapto, não
conheço Shelton Lagy sou ouvi disso aqui.”
O serviço Nacional de Investigação Criminal, através do
seu porta-voz, Leonardo Simbine diz que “decorrem investigações muito avançadas
visando localizar e neutralizar os outros membros destes grupos, que ainda se
encontram a monte, pois os nomes já foram identificados”. Simbine deixou
igualmente o apelo da instituição que representa para que “ os proprietários de
residências destinadas ao arrendamento, para que as registem em imobiliárias
com autorização para o efeito, e por conseguinte, tenham em atenção os pedidos
de arrendamento por períodos muitos curtos, nomeadamente de três e seis meses.
Ainda devem, devem informar as estruturas locais de modo a que conheçam os
novos inquilinos, e comunicar as esquadras ou postos policias mais próximos”.
Um dos homens aparentemente doente é Suspeito de integrar
uma outra suposta quadrilha que raptou na Cidade de Maputo o proprietário da
fábrica riplex localizado na Avenida de Moçambique, o rapto ocorreu em Agosto de 2019.

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